||| À espera do brilharete (Portugal-Roménia). A crónica de João Fragoso Mendes.
São enormes, batem com força, são temíveis nas fases estáticas do jogo, mas, de todas as selecções presentes neste Mundial foram (pelo menos até agora) a equipa que menos râguebi jogou. Os romenos, de facto, com a sua enorme experiência (a maioria dos seus jogadores milita profissionalmente nos campeonatos franceses), assentam o seu jogo na capacidade dos seus avançados e num tipo de jogo fechado e de percussão. Para os bater, como aqui já se escreveu, é necessário jogar com muita ambição, coragem, paciência e, principalmente, com inteligência. Os Lobos já mostraram que têm todos esses atributos. Daí não ser impossível que, logo, ao princípio da noite festejem a primeira vitória portuguesa num Mundial de Râguebi. Não será nada fácil, mas está ao seu alcance, apesar do histórico “jogar” também a favor do adversário: nos últimos cinco jogos, Portugal apenas ganhou uma vez (16-15, em Lisboa, em 2003). Hoje, em Toulouse, na despedida da prova, se a equipa portuguesa jogar concentrada, se conseguir bolas para variar o jogo, se o alargar, por forma a contrariar a “centralização” táctica do adversário tem hipóteses. O “quinze” que Tomás Morais vai apresentar aponta claramente nesse sentido. Vamos ser optimistas e esperar pelo brilharete.
[João Fragoso Mendes é jornalista, antigo praticante (na equipa de Direito), animador do Lisboa Sevens, autor do livro 50 Anos de Rugby e ex-director da Rugby Revista; comenta neste blog os jogos do Mundial de rugby; as suas crónicas diárias podem ser lidas no Correio da Manhã.]
[FJV]
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