24 julho, 2007

||| DREN.







A ministra da educação arquiva processo contra Charrua sem aplicar sanção disciplinar. Diz o despacho: «A aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente inaceitável [...]». Podemos ficar mais tranquilos; a Dra. Margarida Moreira, que tinha coleccionado todas as reacções dos blogs, da imprensa ou de sms a propósito da sua sanha policial, foi desautorizada sem uma única vez se ter escrito o seu nome. Ora, cumpre fazer essa pergunta: o que acontecerá agora à Dra. Margarida Moreira? Alguém lhe explica o essencial?
Também é necessário dizer qualquer coisa ao coordenador dos deputados socialistas na comissão de Educação, que dizia que «é evidente» que «é preciso fazer qualquer coisa quando os políticos são achincalhados na rua». Tenham cuidado com esta gente. Às outras pobres almas, enfim.

Adenda - Espera-se o comentário de Paulo Gorjão. No fundo, passaram-se 62 dias (sessenta e dois!) desde que o Presidente da República pediu para ser esclarecido sobre o assunto. Pessoalmente, não me considero esclarecido. Continuamos sem saber o que levou a DREN a promover um inquérito que só teve forma pública neste despacho, e passados sessenta e dois dias. Continuo sem saber se as denúncias por sms têm relevância política e disciplinar na função pública. Continuo sem conhecer a natureza do processo disciplinar. Continuo sem saber, naturalmente, qual a natureza da ofensa. Tal como o Paulo, eu também não sei o que é «rapidamente esclarecido» na opinião do Presidente da República. Mas sei que há coisas que ainda não estão esclarecidas.
[FJV]

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