20 maio, 2007

||| Respeitinho, 2.
Parece-me óbvio que é necessário tirar conclusões do caso da suspensão do professor, quer ele seja Fernando Charrua, quer ele seja José Silva. Vasco Pulido Valente escreve hoje no Público que se trata do «primeiro português condenado por um crime político, depois do “25 de Abril” ou, se quiserem, depois do “25 de Novembro”»; não sei. Mas o inquérito está em curso e a responsável pela entidade que suspendeu o professor promete «um inquérito justo»; ora, interessa-nos saber o que apurará «o inquérito justo» que tivesse justificado essa suspensão. O que seria tão grave assim? Esse inquérito deve ser, portanto, tornado público. Todo. Por um motivo: os cidadãos devem poder saber que riscos correm no seu emprego, e os dirigentes da administração pública devem saber o que podem decidir e o que não lhes é permitido decidir. Causa estranheza que, entretanto, o Ministério da Educação tivesse dispensado o professor, invalidando uma posterior reintegração na área dos recursos humanos da DREN. O governo deve esclarecer isto.
[FJV]

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