29 novembro, 2007

||| Intimidade dos sentidos (1)










Sou um grande leitor de pedaços de livros. Ontem, por exemplo, li o primeiro capítulo de Um Diário de Leituras, do Alberto Manguel, dedicado a A Invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares. Ficou-me esta frase do diário de Bioy:

«Sempre disse que escrevo para o leitor, mas o facto de continuar a escrever, numa altura em que os leitores (os leitores a sério, comprometidos) deixaram de existir, é uma prova irrefutável de que escrevo, muito simplesmente, para mim próprio.»

[MAV]

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4 Comments:

Blogger Henrik said...

O lamentável é que na minha geração pouquíssimos conhecem Bioy Casares quanto mais lerem-no. E eu, assumidamente, o reconheço como um dos melhores escritores latino-americanos de sempre. (Na realidade, quanto a mim, é superior ao próprio Borges). Outro ignorado, estranhamente, ou talvez não, é Juan Rulfo, mas enfim se o caso já é mau para um escritor notável, que ainda se assim é vagamente publicitado como o Casares, o que dizer de Rulfo que praticamente nenhuma referência se faz dele?
P.S. Ainda bem que Casares escreveu para ele próprio assim posso lê-lo e relê-lo frequentemente com parazer.

11:54 da tarde  
Blogger henedina said...

Bem vindo e delicioso.

12:49 da manhã  
Blogger Cristina Gomes da Silva said...

É uma boa prática, escrever para si próprio. Embora, todos precisemos de espelhos :)

10:27 da manhã  
Blogger linhaboémia said...

e ja morreram os leitores comprometidos com a leitura.

3:52 da tarde  

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