25 agosto, 2007

||| Eles foram apanhados. O cerco.
O Supremo Tribunal Federal decidiu aceitar as denúncias contra 19 dos 40 nomes que figuram no caso do mensalão, sob a acusação de peculato e lavagem de dinheiro. Entre eles estão João Paulo Cunha (ex-presidente da Câmara de Deputados, pelo PT), Marcos Valério (encarregado do pagamento do mensalão aos deputados e «caixa dois» do PT), Henrique Pizzolato (ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, de onde lubrificou a máquina do PT), Luiz Gushiken (ex-secretário da Comunicação de Governo e Gestão Estratégica e ex-assessor especial de Lula) ou Professor Luizinho (ex-deputado do PT e ex-líder do governo Lula no Congresso), Paulo Rocha (ex-líder do PT na Câmara de Deputados) Anderson Adauto (ex-ministro dos Transportes de Lula), entre outros.
As acusações de formação de quadrilha e corrupção ainda não foram analisadas pelo STF e entre os suspeitos denunciados pelo procurador-geral da República estão José Dirceu ou José Genoíno. Na próxima semana continua a saga.

Josias de Sousa: «Seja como for, a presença invisível do PT no banco dos réus é, a essa altura, de uma nitidez hedionda. Pode-se enxergar a legenda de Lula de duas maneiras. Alguns vêem o partido como um inocente culpado. Outros, como um culpado inocente. Em qualquer hipótese, enganchou-se no logotipo do PT o adjetivo “culpado”. Ex-borboleta da política brasileira, o PT ganhou, nos contornos do voto do ministro Joaquim Barbosa, uma aparência de larva. Uma lagarta que imprimiu em cada linha, em cada parágrafo, em cada página do texto do relator, um rastro pegajoso de perversões. O pior é que o partido parece ter-se habituado à nova fisionomia.»
[FJV]

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