20 agosto, 2007

||| Brasil. O cerco.










Se houver mais cinco juízes corajosos no Supremo Tribunal Federal, além de Joaquim Barbosa, os quarenta «integrantes da “quadrilha” do mensalão» passarão a réus. Entre eles, José Dirceu («ex-chefe da Casa Civil de Lula, acusado de saber e comandar o esquema do mensalão»), José Genoíno («ex-presidente do PT»), Delúbio Soares («ex-tesoureiro do PT expulso do partido»), Luís Gushiken («ex-secretário da Comunicação de Governo e Gestão Estratégica e ex-assessor especial de Lula»), Marcos Valério («encarregado do pagamento do mensalão aos deputados que participavam do esquema e de emprestar dinheiro ilegalmente ao PT»), E. Pizzolatto («Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil»), Professor Luizinho (ex-deputado do PT e ex-líder do governo Lula no Congresso), João Paulo Cunha (ex-presidente do Congresso pelo PT), Duda Mendonça (publicitário com mais contas do governo e responsável pelo marketing pessoal de Lula).

Adenda: Vários mails indignados têm posto em causa a acusação pública contra a quadrilha petista, com o argumento de que «não gosto de Lula». Para tirar dúvidas, passo a citar do documento do procurador-geral: «sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude»; «Marcos Valério aproxima-se do núcleo central da organização criminosa (José Dirceu, Delúbio Soares, Sílvio Pereira e José Genoíno)»; «as provas colhidas no curso do Inquérito demonstram exatamente a existência de uma complexa organização criminosa, dividida em três partes distintas, embora interligadas em sucessivas operações: a) núcleo central: José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira [...]»; «Com a vitória na eleição presidencial, inicia-se, em janeiro de 2003, a associação criminosa entre os dirigentes do Partido dos Trabalhadores e os denunciados»; «parte dos recursos referentes aos R$20 milhões de reais que iam ser transferidos pelo PT ao PTB seriam obtidos em transação referente à aquisição da empresa TELEMIG pela Brasil Telecom, operação acompanhada diretamente pelo ex Ministro José Dirceu»; «montaram uma estrutura criminosa voltada para a prática dos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais»; «o Professor Luizinho ocupou o estratégico cargo de líder do governo na Câmara dos Deputados, com o aval do núcleo político-partidário da organização criminosa»; «mantinham um intenso mecanismo de lavagem de dinheiro com a omissão dos órgãos de controle, uma que possuíam o apoio político, administrativo e operacional de José Dirceu, que integrava o Governo e a cúpula do Partido dos Trabalhadores»; «Tudo sob as ordens do denunciado José Dirceu, que tinha o domínio funcional de todos os crimes perpetrados, caracterizando-se, em arremate, como o chefe do organograma delituoso».
Documento, na íntegra (PDF), pode ser lido aqui.
[FJV]

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