23 julho, 2007

||| O PSD e a sala-de-espera.
O PSD está cheio de senadores, valha a verdade, e de especialistas em ter «ideias para o partido» (que geralmente se reduzem ao pagamento de quotas, à contabilidade das concelhias, à troca de favores, às prioridades da «jotas» ou do pessoal que esteve «com Cavaco» - na altura em que era fácil estar com Cavaco); mas o papel dos «senadores» é especial. Alguns deles desertaram; ou se passaram para «o inimigo» ou lhe fazem «favores», ou então dedicaram-se com mais proveito à «privada», depois de terem exercido no «público» durante os anos em que havia lugar para todos. O poder deixou de lhes interessar pela devastadora razão de que já não o têm. Eles aparecem, a espaços; mas nunca têm disponibilidade, ou nunca estão reunidas «as condições» ideais. No PSD, o papel dos «senadores» é esperar. Sejamos velhacos: esperar, para entrar; e esperar, para sair. Para muitos deles, o PSD é uma sala-de-espera. Até aparecer «qualquer coisa». Texto no JN.
[FJV]

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