24 julho, 2007

||| Dúvidas benignas, 1.
Não tenho nada contra o uso de computadores em salas de aula. Não é preciso dizer isto, mas fica dito. Suponho é que qualquer um tem o direito de duvidar – benignas dúvidas, diga-se de passagem – sobre o argumentário novitecnológico que está a ser usado. Por exemplo, aquele que dizia «às vezes os professores desenhavam um losango e não se percebia muito bem, porque não tinha jeito para o desenho; agora, com computador, está tudo resolvido». Deixamos de usar a mão, de apreender «o processo», de esperar pelo desenho -- tudo aparece no computador; é uma perda antropólogica. Como já deixámos de convencer os meninos a estudar a tabuada e a exercitar a memória. Mas é uma dúvida benigna, atenção.
[FJV]

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