24 maio, 2007

||| Vingança fria.
Há dois anos, ou três, enquanto neste blog e no Aviz dava conta daquilo em que se tornara o lulismo, no Brasil, suportei todo o género de acusações e de reacções indignadas. Não contra Lula, curiosamente, mas contra a Veja, contra os editoriais da Folha e contra Diogo Mainardi, por exemplo, três entidades insuportáveis para os lulistas de trazer por casa, ou seja, lulistas lusitanos, exemplos do servilismo intelectual. Ou seja: a Veja, esse inacrediável porta-voz das oligarquias anti-PT; a Folha que, de vez em quando, sob a batuta de Otávio Frias, zurzia na bandalheira do lulismo e do PT; e Diogo Mainardi, claro, o abjecto, o obtuso, o sabujo. Bom. O PT, como se sabe, processou a Veja, levou o caso para os tribunais -- mesmo depois de juízes do Supremo terem zurzido no Partido dos Trabalhadores, essa colmeia de talentos irrecomendáveis, responsável por uma das maiores séries de casos de corrupção e lavagem de dinheiro no país, e de acusarem publicamente Lula de ser conivente com essas trapalhadas, desde o caso mal resolvido do assassinato de Celso Daniel, até aos dinheiros da guerrilha colombiana para o PT ou ao mensalão. Os tribunais de São Paulo acabam de «julgar improcedente a queixa do Partido dos Trabalhadores»; e de considerar que «todas as capas e as matérias centrais que a elas se referem retratam tristes episódios de corrupção, tráfico de influência e quebra de normas éticas e morais em que o Partido dos Trabalhadores teria se envolvido, as quais são de inegável interesse público». Podem continuar a rosnar.
[FJV]

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