25 abril, 2007

||| TLEBS, o regresso.












Como já tinha escrito, o Ministério da Educação não teve coragem (ao menos científica) para acabar com a trapalhada da TLEBS. Manteve a TLEBS depois de ter mandado suspender a experiência, que estava a dar maus resultados. Como acontece no ensino do Português, tudo o que dá maus resultados é geralmente aprovado pelo Ministério da Educação. Espero que a ministra da Educação ponha ordem nessa corporação.

Hoje, no DN, Vasco Graça Moura retoma o assunto.



















Ver também:

>>> «O Ministério da Educação explicou que a tutela se compromete a garantir que os alunos expostos à nova terminologia e os que tiveram a antiga vão conseguir responder correctamente aos itens apresentados no exame», aqui. O Ministério afirmava que havia erros mas que era necessário fazer exames na mesma. Mais tarde, anunciou que ia suspender a TLEBS.

>>> A petição contra a TLEBS (que continua de pé, portanto), organizada por José Nunes.

>>> Comentário de João Paulo Sousa sobre a TLEBS.

>>> Declarações de Luís Capucha, director-geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular em que assume que a terminologia «tem deficiências» mas não aceita retirá-la das escolas.

>>> Artigo de Vasco Graça Moura no Diário de Notícias: o professor de português «não pode ser obrigado a ensinar o erro».


>>> Texto do Prof. Andrade Peres sobre a TLEBS, arrasador, originalmente publicado no Expresso (destaques aqui): «A falta de qualidade científica da TLEBS, aliada a uma clara ausência de sentido da realidade no que respeita tanto a professores como a alunos, faz desta Terminologia uma verdadeira calamidade que se abate sobre as escolas do país.»

>>> Artigo de Vicente Jorge Silva no Diário de Notícias: «A TLEBS é uma metáfora das trágicas disfuncionalidades do ensino em Portugal. Entre a velha escola autoritária e elitista da ditadura e o vertiginoso experimentalismo pedagógico - é esse, precisamente, o caso da TLEBS - que assaltou a escola democrática e massificada, instalou-se o vazio e o caos. O centralismo burocrático do Ministério da Educação atingiu um ponto insustentável, favorecendo o corporativismo retrógrado dos sindicatos dos professores. [...] Pior do que a TLEBS é impossível.»

>>> Artigo de Vasco Graça Moura no Diário de Notícias: «O ministério não pode forçar os professores de português a uma "licenciatura" em Linguística feita a martelo. E muito menos pode tratar os alunos como cobaias descartáveis. É a sua preparação para a vida que está em jogo. [...] A sobranceria corporativa e despeitada de alguns linguistas autopromovidos a vestais só lhes fica mal. Desautoriza todos os professores que não saiam da sua coutada. E mostra que eles, tão preocupados com a semântica das frases, afinal ainda não perceberam do que se está a falar.»

>>> Texto de Helena Buescu no Público.

Ilustrações de José Nunes.

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