28 julho, 2006

||| Posta restante.

Sobre A tortura sofrida durante anos.

«Fiquei um pouco perplexa com o texto e sem conseguir ler bem as entrelinhas para perceber o grau de ironia. Never mind! Li a notícia e, pelo menos aqui estou de acordo com o Francisco, cada um dever viver e querer viver onde lhe apetece. Se ela acha que consegue fazer Belgais em São Salvador, desejo-lhe sorte, mas confesso (séria amante de música clássica que sou) que Belgais e o seu conceito, por muito mérito que tivesse, me fez sempre comichões (eu tenho uma sensibilidade cutânea assinalável). Nunca percebi porque é que ela (MJP) esteve sempre à espera de salamaleques e subsídios, tratamentos de excepção, glórias e reconhecimentos sentidos, por um projecto todo seu, num país como o nosso, em que pura e simplesmente o Estado deveria deixar de subsidiar tanta porcaria por aí, e em que os contribuintes não sabem distinguir Mozart de Mahler (muitos nem sabem quem são). O apreço com a música clássica é da mesma ordem que o apreço pelos "clássicos" e anda de mão dada com os níveis de literacia. MJP tem a sorte e mérito seu, claro, de ver as suas qualidades reconhecidas pelo mundo e teve a sorte e mérito seu, claro, de ter ganho muito dinheiro. Belgais foi uma opção sua, neste tempo, naquele sítio, com os seus objectivos... E se o mundo é como é, Portugal não escapa dessa máxima. Se Belgais tivesse sido noutro local, quem sabe!» [Joana C. D.]