07 fevereiro, 2006

||| Sim, eu explico outra vez.
Como há umas dúvidas, vou tentar não ultrapassar cinco ou seis linhas: o Ministro dos Estrangeiros não tem que fazer doutrina sobre liberdade ou sobre religião; devia ter-se limitado a considerar que, em seu entender, tudo isto é uma pena; mesmo assim, eu acho que se trata de um mero comunicado para agradar ao fundamentalismo e aos conservadores em geral, pura «diplomacia económica». Caso contrário, trata-se de um sinal perigoso sobre o que entende o governo acerca da liberdade dos seus concidadãos. E, se o Ministro pensa de facto aquilo, então está a mais.

11 Comments:

Blogger NUNO FERREIRA said...

Aqui desvanecem-se dúvidas, ali o Pedro Mexia lembra algumas questões. Mas pertecem a alguma igreja? Andaram todos na mesma escola? Parece que estão num círculo a jogar à rabia uns com os outros

11:34 da tarde  
Blogger paulo pisco said...

Lamentável muito lamentável. Enquanto desfilava pela Avenida de braço dado com Soares, Louça, entre outros "camaradas" recentes, ainda podiamos rir. Mas agora ao falar em nosso nome, resta-nos chorar e esperar que o senhor volte para a sua cátedra e não nos envegonhe mais.
Sobre este assunto ver post "triste" em http://memoriasdeadriano.blogspot.com/

11:35 da tarde  
Blogger Afonso Henriques said...

"Que é uma caricatura?"
Interrogava-se hoje Eduardo Prado Coelho no PÚBLICO.
Vá lá. Vão lá. Expliquem-lhe. Não sejam maus.

12:47 da manhã  
Blogger RS said...

A mais como os muçulmanos na Europa? A mais como o Hamas no parlamento? A mais "tout court"?

Cada vez me convenço mais que o único motivo pelo qual não andamos ainda a partir os vidros das montras das lojas de muçulmanos é que eles começaram primeiro e são mais do que nós.

PS:
Algum dia teria de discordar, FJV.
;)

2:30 da manhã  
Blogger F said...

«A mais», meu Caro Rui, porque não me parece que uma pessoa que diga o que DFA disse hoje, possa estar à vontade entre gente que preza a liberdade. Na verdade, ele ameaçou os portugueses, de dedinho espetado.

3:07 da manhã  
Blogger RS said...

De acordo com a vergonhosa omissão do que se tem passado um pouco por todo o mundo islâmico. Em desacordo com o resto. Não podemos ficar reféns do nosso próprio laicismo. Isso é fundamental(ista).

Considero o fundamentalismo laico muito mais perigoso que o religioso. As coisas invisíveis ou camufladas são sempre mais perigosas que as visíveis ou ostensivas.
Mantenhamos a guarda alta.
Just in case...

Um abraço,
RS

3:11 da tarde  
Blogger K. said...

Não deixo de concordar com o FJV em relação ao dedinho espetado. Só faltava dizer "vejam lá mas é se estão caladinhos e não fazem muito barulho".

7:33 da tarde  
Blogger Mónica (em Campanhã) said...

"neste país em diminutivo
respeitinho é que é preciso"

(ah, grande o'Neill)

10:16 da tarde  
Blogger PSeven said...

Não posso estar de acordo com o FJV! Não vejo, na declaração de Freitas do Amaral, nenhum perigo para a liberdade. Se se defende o direito de publicar tudo o que se quiser, mesmo caricaturas insultuosas e provocativas como estas, também tem que se defender o direito de criticar o que é publicado e de discordar da sua publicação.

10:44 da manhã  
Blogger Nuno said...

pseven,
o perigo não é a declaração do Diogo Freitas do Amaral, é do Ministro Diogo Freitas do Amaral que falou em nome do país.

7:20 da tarde  
Blogger PSeven said...

Nuno Gonçalves,
Esse é o único ponto em que eu acho que vocês têm alguma razão. O ministro deveria ter falado em nome do governo e não em nome de Portugal. Mas, muitos dos que criticam a declaração de FA caiem exactamente no mesmo erro ao afirmar ela envergonha todos os portugueses! Como vê é um erro fácil de cometer e que não justifica a “guerra” que lhe abriram.

11:08 da manhã  

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