19 outubro, 2007

||| Questão básica e estruturante.
Ora aí está uma questão. Um leitor do Abrupto ficou encanitado com a ideia de festejar o pré-acordo nupcial de Lisboa bebendo espumante. O José Medeiros Ferreira, que foi MNE e nota essas coisas, esclarece-me: «É Murganheira.» Se não ergo imediatamente um brinde ao acordo de Lisboa, pelo menos detenho-me nessa questão. O que deviam beber os cavalheiros? Tratando-se de um Tratado de Lisboa, seria curial beber-se vinho do Porto? Poder-se-á oferecer espumante a gente habituada a ser abastecida directamente de Reims? É assim tão bom o nosso espumante que mereça ser servido? Esta última questão parece-me importante: é, é bom. Não sei se se trata do Murganheira Assemblage de 1995, glória do Távora e do Varosa, com dez sumptuosos anos de cave (e que merece todos os elogios de João Paulo Martins), do fantástico Vintage de 2002, ou ainda do Cuvée Reserva de 1995, ligeiramente acima do Chardonnay de 2000. Gosto destes graves problemas de diplomacia.

P.S. - E não me digam que estas coisas não merecem atenção. Vejam como são tratados os nossos cozinheiros.
[FJV]

Etiquetas:

3 Comments:

Blogger Unknown said...

Encanitar é uma bela palavra, mas é tão pouco usada hoje em dia, assim como moçoila ou mesmo arrechiça !

11:32 da manhã  
Blogger rei dolce said...

gosto de Murganheira, e muito...
assim como também gosto da palavra moçoila.(comentário anterior)
Engraçado mas são palavras,cheiros, paladares, que me fazem recordar e viajar...
quando li a palavra moçoila, fui até ao minho!

11:39 da manhã  
Blogger P.Maria said...

Murganheira com leitao era ja,
ohohoohoh

12:51 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home