08 setembro, 2007

||| Furacões.












Tenho pena que Lote Tuqiri não tenha pontuado, mas a Austrália entrou razoavelmente e terminou como furacão, com 91-3 sobre o Japão (a propósito, repararam em Loamanu, o rapaz que nasceu Tonga e pesa 108 kgs?, e em Luatangi Samurai Vatuvei, os 120 kgs de Tóquio?). Se fosse possível levar para o futebol português o espírito e o tom do jogo australiano, teríamos mais preparação física e menos flibusteiros no campo: nada de «gestão de esforço», nada de «estratégia de poupança de energia». Jogaram até ao fim. Ouviram Matt Gitteau antes do jogo? Foi assim: «You've got to take every match as seriously as if you're playing the All Blacks. You've got to play your best football.» Lembrem-se, para comparar, do que se disse aqui antes do nosso joguinho contra a Arménia. Gitteau ainda entrou no último quarto do jogo e converteu com concentração. Os dois últimos ensaios, sobretudo o que resultou de uma fuga do demolidor Drew Mitchell (com conclusão de Berrick Barnes, um troca-pés fantástico que se estreou com dois ensaios) provam que é jogo até ao último minuto. O arranque de Rocky Dan Elson (um senhor), o melhor da primeira parte, só teve comparação nos dois mais feios da equipa, Chris Latham e Stirling Mortlock (piores do que Matt Dunning), o homem das conversões. Mas a segunda parte foi digna. Treze ensaios já foi um bom espectáculo.
[FJV]

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