||| Comentários de domingo, 3. Escócia-Portugal. O comentário de João Fragoso Mendes.
O sentido das lágrimas
As lágrimas que correram pela face de alguns dos jogadores portugueses durante a execução da Portuguesa, antes do jogo de estreia com a Escócia, deixavam antever uma certeza: aquela equipa estava verdadeiramente a sentir um momento único e iria deixar a pele em campo. Frente a um “quinze” histórico do râguebi mundial, claramente favorito, os Lobos “prometiam”, assim, que não dariam facilidades. E não deram. A Escócia sofreu a bom sofrer para chegar ao primeiro ensaio (aos 11 minutos). E durante uns longos 80 minutos – talvez os mais longos e mais belos da vida desportiva dos 22 jogadores ontem utilizados por Tomás Morais – os favoritos tiveram sempre de se empenhar a fundo. Os desinibidos Lobos mostraram ao mundo do rugby (muito duvidoso da sua capacidade) que não chegaram ao Mundial por um acaso. E, com tantas estrelas do primeiro nível mundial presentes em campo, não foi por acaso, também que o “man of the match” foi o capitão Vasco Uva. E se não fosse ele, tal honra só poderia caber a Juan Severino. Foi lindo ver a Escócia tremer. Como foi lindo, também, antes, assistir às dificuldades de Gales ante o Canadá, da Inglaterra frente aos Estados Unidos e, depois, da Irlanda contra a Namíbia. Os favoritos ganharam, é certo, mas isto está a mudar. Quem diria. Agora que venham os “Blacks”.
Diz Rory Lamont: «Os portugueses são muito duros e bons nas placagens. Placam baixo e assim é difícil conseguir escapar. Trabalharam muito e foi muito difícil para nós pontuar. Estou bastante dorido após o final do jogo.»
[FJV]
Etiquetas: Rugby
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