||| Libertação da mulher. Em geral, digamos.
Janto com a minha filha, de oito anos, e comemos bifes antes da estreia dos Simpsons. Temos sempre apetite. De repente, olho à volta. Um casal com uma criança; ele, direitinho, nem um cabelo fora do lugar, risca do penteado traçada a esquadro e transferidor (por causa do cocuruto), bebe água «com sabores» e come uma salada; a mulher, gorduchinha, de ar vagamente devasso, come um bife e acompanha com uma caneca de cerveja preta (a dunkel da Lusitânia, que não é má). Do outro lado, duas moças jantam com um rapaz que tem os óculos de sol fazer de painel solar (vocês sabem, aquela coisa ridícula de segurar a marrafa com os óculos escuros depois das oito da noite); elas, bronzeadas, pediram suculentas picanhas e bebem cerveja (uma turva weissbier e uma pilsener); ele, pede uma «salada verde» e Coca Cola Zero; quando vem a salada, ele protesta com a quantidade, «esta gente serve horrores, que exagero». O mundo está, finalmente, bem feito. E é bem feito.
[FJV] [MAV]
Etiquetas: Explicação do mundo
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