14 junho, 2007

||| Al Berto em Coimbra, 1992.













A não perder, esta gravação de Al Berto, a 17 de Janeiro de 1992, durante «uma noite de poesia nas instalações do bar da Associação dos estudantes» (disponibilizada no blog da Frenesi). São dezasseis minutos: «Os estudantes já então preferiam música pimba, anedotas porcas, cerveja a rodos e praxar as colegas... A poesia saiu vaiada.» A fúria de Al Berto diante dos energúmenos que preferiam Quim Barreiros de capa e batina. Ai Coimbra.

Para ouvir, clicar. Pode fazer-se download.


Adenda: Escreve o Miguel Direito, por mail: «Escrevo porque estive no "local do crime", em 1992, no café D. Dinis, em Coimbra. O que lá se passou foi uma vergonha, ainda que previsível. É verdade que alguns (terei vergonha de dizer vários!?) pós-adolescentes alcoolizados vaiaram o Al Berto, mas, se bem me recordo, a maioria até estava lá para o ouvir e fruir o raro momento. O facto de metade das pessoas se encontrar no local por causa do Al Berto mas de a situação ter descambado por causa de cerca de 1/4 dos presentes não desculpa estes últimos e não deixa de ser representativo do tipo de "jovens letrados" que o pais anda a criar. Por outro lado, tudo isto pode ser um sintoma da democratização do ensino, pois se os filhos de todo o "bom povo Português" têm acesso ao ensino, não é de esperar que chegados a "Coimbra" se tornem e actuem, por artes mágicas, como uma elite cultural ou arautos de civismo. Mas qual será a alternativa a curto prazo? Mas, de facto, tenho que concordar com a ideia geral de que Coimbra mantêm o pior do elitismo provinciano e praxista e adquiriu o pior da galopante falta de civismo e cultura dos jovens estudantes. Contra mim falo, que por lá andei de 89 a 94, em Direito.»

[FJV]

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