28 maio, 2007

||| Espanha.
«Raramente se tiram ilações das frases bombásticas proferidas no calor das campanhas eleitorais.» A frase está bem situada e eu apenas substituiria «ilações» por «consequências» no post de Tomás Vasques sobre as eleições em Espanha. Passámos um bocado da noite na expectativa de «maré sobe, maré desce» para ver se a esquerda ganhava ou se a direita perdia. Sinceramente, «esquerda» e «direita», nestas coisas, são coisas para festejar com moderação. A frase de Aznar citada pelo Tomás é certamente idiota («Cada voto que no vaya al PP será un voto para que ETA esté en las instituciones»), mas Aznar não é um modelo fantástico. Se a frase fosse para levar à letra, os resultados deviam ser tidos em conta – e julgaríamos que, de facto, metade do eleitorado queria que «a ETA estivesse nas instituições». Não é esse o caso mas Aznar merece a resposta. Só que, de facto, «raramente se tiram ilações das frases bombásticas proferidas no calor das campanhas eleitorais». Ninguém perdeu realmente em Espanha; o afrontamento continua. Mas Zapatero perdeu um grau de confiança, o que me parece bem.
[FJV]

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