15 março, 2007

||| Prémio Camões, 3.
António Lobo Antunes não é uma surpresa para o Camões, embora o seu nome tenha circulado com pouca insistência. Não me parece nada escandaloso que lhe tenha sido atribuído o Prémio, distinguindo estes vinte livros, e a sua influência cada vez mais notória na forma de escrever em português. Por um lado, significa esse reconhecimento; por outro lado, trata de absorver o antigo enfant terrible (desculpem o lugar-comum) e reconhecer a sua importância para o cânone. Acho que o depois de Manual dos Inquisidores e com o período imediatamente a seguir, os livros de Lobo Antunes mereciam uma distinção assim.