16 novembro, 2006

||| Philosophia.
Acompanhei, na Antena Um, o debate matinal sobre o fim dos exames nacionais a Filosofia; não sei -- embora esteja ao lado de um interveniente, representando a Sociedade Portuguesa de Filosofia, que achava absurda a posição do Ministério. Autores como Locke, Platão, Aristóteles, Hume, Descartes, Kant ou Rawls não podem ser considerados estranhos (como parece que acentua o ministério). Uma senhora da Faculdade de Letras do Porto disse que há um ataque à Filosofia em Portugal, desde o Marquês de Pombal «e que se agravou durante o fascismo» (porque, dizia, «lhes convém que as pessoas não pensem», o que eu gosto de teorias da conspiração). Eu acho tudo isso estapafúrdio. A verdade é que não é possível estudar filosofia sem ler os autores (sim, os clássicos também, os gregos, os medievais, os contemporâneos). O resto é História das Ideias, uma matéria que devia ser obrigatória.