17 outubro, 2006

||| Arnaldo Jabor censurado pela justiça eleitoral no Brasil.
O Tribunal Eleitoral mandou retirar, a pedido, o comentário do colunista Arnaldo Jabor sobre o debate Lula-Alckmin. Fica aqui um extracto do comentário de Jabor:

«Lula tentou encobrir os crimes de sua quadrilha apelando para pretensos 'crimes' de gestões anteriores, como barragem de CPIs, votos comprados, caixa 2 sem provas. Ele e os petistas se julgam donos de uma 'meta-ética', uma 'supramoral' que os absolveria de tudo e, por isso, Lula se utilizou de mentiras e meias-verdades para responder às acusações de mensalões e sanguessugas em seu governo. Para justificar a omissão e a passividade diante da Bolívia e do prejuízo de 1 bilhão e meio de dólares nas instalações da Petrobrás, Lula chegou a criticar a violência burra do Bush para se absolver na política de 'companheirismo' com o Evo Morales.
Ao invés de se defender de acusações pontuais, dizia que a era-FHC também era corrupta, como nas brigas de bordel, em que as prostitutinhas se defendem apontando os pecados das outras.
Lula tentou fugir da pergunta que não vai se calar: 'Qual a origem do dinheiro?' Lula respondeu com a metáfora batida : 'Muitas vezes o sujeito está na sala e não sabe o que está acontecendo na cozinha.' Ou seja: é normal que o chefe da Casa Civil e agora o Presidente do partido, Berzoini, Hamilton Lacerda, o chefe da campanha do Mercadante, o diretor do Banco do Brasil, seu assessor, seu churrasqueiro, petistas ativos no diretório, todos soubessem e trouxessem o dinheiro em malas, sem avisar o chefe. E quer que a gente engula. Lula pediu a Deus que não o mate 'até que ele saiba de onde veio o dinheiro'. A resposta obvia é: 'Não precisa perguntar a Deus; basta perguntar aos seus assessores na sala ao lado...', como escreveu a Miriam Leitão.»
Texto na íntegra aqui. Outros comentários de Jabor, com som, aqui.