||| Mais livros escolares.
Manuel Anastácio, que mantém o blog Literaturas, envia, por mail, uma sugestão a discutir:
«Os manuais escolares não deviam, simplesmente, ser obrigatórios. Os pais são, praticamente, obrigados a comprar livros que, depois, não são usados. Sou professor e apetece-me, todos os anos, dizer na primeira aula: não comprem o manual. Mas como mais de 70% já comprou, sou obrigado, moralmente, a utilizá-lo apesar de ser um dos materiais educativos menos eficientes nos dias que correm. Uma fotocópia, mesmo mal tirada, de um texto adequado, quando é entregue aos alunos numa aula, desperta mais interesse que abrir o manual na página 15. Além disso, as famílias, em Portugal benzem-se perante a ideia de comprarem "livros a sério" para os filhos, depois do gasto desmedido que Setembro sempre traz. Por alguma razão chamamos a tais objectos "manuais" e não "livros". Porque o não são. E, então, hoje, em que até os livros de matemática do 12º ano têm de ter bonecada para serem, supostamente, apelativos, nada resta de educativo, mas, tão somente, habilidade gráfica e merchandising.»
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