02 agosto, 2006

||| Colombo.













Este ano li quatro livros, todos eles cheios de argumentos, e um deles alucinado, sobre a identidade de Colombo. Também li um que o acusava de crimes contra a humanidade, e que resumia o estado das coisas nas universidades americanas. Tanto me faz. Por isso, estes assuntos são ingredientes da matéria do enigma. O apelo da razão quer que tudo esteja resolvido; o da desordem (muito melhor e mais saboroso) quer que o enigma seja estudado. Cristóvão Colombo, Cristóbal Colón, Cristovam Colon, tudo o que quiserem. O tema mantém-se, felizmente.

Daqui a meia dúzia de anos vai comemorar-se a viagem de Fernão de Magalhães. Independentemente do nome (Magallanes, Magalhães, etc), e da ideia estapafúrdia de chamar Pacífico àquele oceano, vão ouvir-se protestos contra a sua viagem. Tanto me faz, também. Mas acabo de passar por livro em que o tradutor não se coibiu de manter a designação de «a viagem de Magellan». É por isso que eu gosto da polémica sobre a identidade de Colombo. Por mim, fazia nascer já uma polémica sobre a verdadeira identidade de Magalhães, esse agente do imperialismo.