A Origem das Espécies
We have no more beginnings. {George Steiner}
07 abril, 2006
Correios & Telégrafos
Ligações Directas
- Gávea | Literatura Brasileira
- Escrita em Dia | Literatura na Rádio (som)
- Textos de A Origem das Espécies
Blog anterior
Pode Fumar neste Blog
- Haaretz [inglês]
- The Jerusalem Post
- Moment Magazine
- The New Republic
- The Nation
- The Atlantic Monthly
- Tikkun
- NextBook
- Rádio Sefarad
- Açoriano Oriental
- Correio da Manhã
- Diário Digital
- Diário de Notícias
- Expresso
- Jornal de Notícias
- Público
- Rádio Renascença
- TSF
- Visão
- A Tarde (BA)
- Agência Estado
- Correio Braziliense
- Estado de São Paulo
- Folha de São Paulo
- Jornal do Brasil
- O Globo
- Veja
- Zero Hora (RS)
- Agosto 2005
- Setembro 2005
- Outubro 2005
- Novembro 2005
- Dezembro 2005
- Janeiro 2006
- Fevereiro 2006
- Março 2006
- Abril 2006
- Maio 2006
- Junho 2006
- Julho 2006
- Agosto 2006
- Setembro 2006
- Outubro 2006
- Novembro 2006
- Dezembro 2006
- Janeiro 2007
- Fevereiro 2007
- Março 2007
- Abril 2007
- Maio 2007
- Junho 2007
- Julho 2007
- Agosto 2007
- Setembro 2007
- Outubro 2007
- Novembro 2007
- A Aba de Heisenberg
- A Arte da Fuga
- A Barriga de um Arquitecto
- A Causa foi Modificada
- A Causa das Coisas
- A Destreza das Dúvidas
- A Esquina do Rio
- A Invenção de Morel
- A Mancha Humana
- A Memória Inventada
- A Montanha Mágica
- A Natureza do Mal
- A Peste
- A Sexta Coluna
- A Terceira Noite
- A Torre de Marfim
- A Vida de Tiago A.
- Abrupto
- Adufe 4.0
- Água Lisa
- Albergue dos Danados
- Alexandre Soares Silva
- Alinhamento Invisível
- Almocreve das Petas
- Alto Volta
- Ana de Amsterdam
- Anarco Conservador
- Andrew Sullivan
- Animais Domésticos
- António F. Borges
- António Sousa Homem
- Apanhador no Centeio
- Aspirina B
- Auto Retrato
- Arrastão
- Atlântico
- Avatares de um Desejo
- Bandeira ao Vento
- Berra-Boi
- Bicho Carpinteiro
- Blasfémias
- BlogOperatório
- Blogue dos Marretas
- Bomba Inteligente
- Blogame mucho
- Blógico
- Blogo Existo
- Blue Lounge Cafe
- Bússola
- Café Portugal
- Caos na Cozinha
- Casa de Cacela
- Cataluny@large
- Causa Nossa
- Chez Pirez
- Cidade Surpreendente
- Claramente
- Claudio Téllez
- Cocanha
- Coisa Ruim
- Complexidade e Contradição
- Complicadíssima Teia
- Combustões
- Contra a Corrente
- ContraFactos & Argumentos
- Controversa Maresia
- Corta-Fitas
- Crítica na Rede
- Crítico Musical
- Cromos da Caderneta
- Crónicas de Bizâncio
- Da Literatura
- Dædalus
- Daniel Piza
- Desesperada Esperança
- De Rerum Natura
- Despojos do Dia
- Devaneios
- Destaques a Amarelo
- Deus Criou a Mulher
- Diário
- Dias com Árvores
- Dias Felizes
- Digital no Índico
- Do Aborrecimento
- Do Portugal Profundo
- Elevador da Bica
- Esmaltes e Jóias
- Esse Cavalheiro
- Estação Central
- Estado Civil
- Ex-Ivan Nunes
- F World
- Fabio Danesi Rossi
- Faccioso
- Filisteu
- Filthy McNasty
- Floresta do Sul
- Fôguetabraze
- Fumaças
- Gato do Cheshire
- Gattopardo
- Geração de 60
- Geração Rasca
- Glória Fácil
- Grande Loja
- Hehaver
- Hoje há Conquilhas
- Hole Horror
- Homem a Dias
- In Absentia
- Innersmile
- Ideias Soltas
- Ilhas
- Impensável
- Indústrias Culturais
- Irmão Lúcia
- Isto não é um Blog
- João Pereira Coutinho
- Judaica FM
- Judeu Errante
- Klepsídra
- Kontratempos
- La Double Vie de Véronique
- Leitura Partilhada
- Letra de Forma
- Linha do Norte
- Manchas
- Ma-Schamba
- Mais Actual
- Mar Salgado
- Margens de Erro
- Mau Tempo no Canil
- Meditação na Pastelaria
- Meia-noite Todo o Dia
- Mel com Cicuta
- Meninas de Trinta
- Million Dollar Kiss
- Milton Ribeiro
- Miniscente
- Miss Pearls
- Morrer em Estrasburgo
- Na Cara do Gol
- No Arame
- No Mundo
- Noite Americana
- Notas Verbais
- O Amigo do Povo
- O Avesso do Avesso
- O Cachimbo de Magritte
- O Céu Sobre Lisboa
- O Estado do Sítio
- O Exactor
- O Insurgente
- O Jansenista
- O Mundo Perfeito
- O Observador
- O Pulo do Gato
- O Tempo das Cerejas
- Os Canhões de Navarone
- Os Tempos que Correm
- P. Rolo Duarte
- Pastoral Portuguesa
- Paulo Querido
- Pedra do Homem
- Pedro Doria
- Planeta Hilda
- Pobre e Mal Agradecido
- Poesia & Lda.
- Porto das Pipas
- Portugal dos Pequeninos
- Postais de NYC
- Provas de Contacto
- Quarta República
- Quase em Português
- Quatro Caminhos
- Rádio Copacabana
- Retorta Blog / Rust Never Sleeps
- Reinaldo Azevedo
- Renas e Veados
- Retórica PT
- Retórica e Persuasão
- Rititi
- Rua da Judiaria
- Ruy Goiaba
- Scarlett Letters
- Sem Pénis nem Inveja
- Serendipity
- Spring Talks
- Super Flumina
- Sushi Leblon
- Teatro Anatómico
- Tomar Partido
- Tradução Simultânea
- Três de Trinta
- Um Blog Sobre Kleist
- Vício de Forma
- Vento Sueste
- Vida Breve
- Vontade Indómita
- Voz do deserto
- Welcome to Elsinore
- Womenage A Trois
- Zero de Conduta
- 31 da Armada
Leituras Frequentes
Média | Portugal
Média | Brasil
Arquivos
Ligações Gerais
2 Comments:
ou isso, ou perceber o fenómeno.
A Rainha da Sucata
Andam por aí umas vozes em sobressalto com o que se escreve na Net, e, à cabeça, com a crescente influência das temáticas, abordadas nos “blogues”, sobre a Opinião Pública Nacional. Cumpre-me aqui dizer que sou novo nos “blogues”, e suficientemente antigo, na Opinião Pública. E como me estou, à cabeça, aparentemente – depois, verão que não... – zenitalmente borrifando para os “blogues”, vou, pois, começar pela Opinião Pública.
Ora, em qualquer país pretendido civilizado, a Opinião Pública não é mais do que um misto de emoção e raciocínio difuso, que leva a que as sociedades exerçam, em conjunto, as suas auto-análises, os seus direitos espontâneos de aprovação e desagrado, e uma necessária catarse colectiva, fruto dos sabores e dissabores do Rumo da História.
Os períodos de Opressão e de Distensão medem-se, pois, pelo vigor e maturidade que essa Opinião Pública manifestar.
Na sua coluna de despedida do “Diário Digital”, Clara Ferreira Alves, criatura que nunca frequentei, nem sequer sabia que escrevia, mas que, naquele panorama do Ridículo Nacional, apenas me fazia, de quando em vez, sorrir, entre as suas apalhaçadas oscilações entre o negro azeviche e o louro caniche, dizia eu, centra-se, num dado momento da sua despedida, sobre a perniciosa influência dos blogues na tradicional “Imprensa Impressa”: de acordo com ela, “A Blogosfera é um saco de gatos, que mistura o óptimo com o rasca, e (as vírgulas atrás são todas minhas) acabou por se tornar num magistério da opinião (d)os jornais”, os quais nunca foram sacos de gatos, sempre souberam recolher o óptimo, e nunca constituíram um prolongamento do magistério dos Interesses Ocultos Predominantes.
É óbvio que em todos os jornais, como em todos os "blogues", como em todos os programas de televisão de carácter rasca, -- terríveis eixos do mal --, “existe e vegeta um colunista ambicioso, ou desempregado, (as vírgulas continuam a ser minhas), ou um mero espírito ocioso e rancoroso”, que pode ser vário, como os nomes de Satã.
“Dantes, a pior desta gente praticava o onanismo literário e escrevia maus versos para a gaveta, [publicando] agora as ejaculações”, as quais deveriam continuar a ser privadas, porque o exercício da cobrição, que tantas vezes levou a que um mau texto aparecesse nas parangonas da Crítica, fruto de uma noite mais ou menos bem passada, ou de uma jantarada em lugar eminente, poderia, e deveria, pelos mais elementares deveres do Pudor, nunca ultrapassar a atmosférica fronteira do Secreto e do Invisível. Para mais, parece que, nos blogues, escancarada janela rasgada sobre o Tudo, já não existe aquela claustrofóbica sensação das escassas três ou quatro janelinhas, onde a iluminação da Crítica Impressa revelava ao profano o pouco que se fazia, e, logo, podia aspirar a existir. Parece que nos blogues, dizia eu, se fala agora abertamente de tudo e de todos, e não apenas dos amigos, dos que nos assalariaram o texto, ou dos que nos pagaram para sermos gerentes da sua irremediável Insignificância.
Compreende-se a angústia da Clarinha: com a ascensão dos “blogues” e o declínio dos jornais, anuncia-se também o fim do monopólio das palas postas nos olhos dos burros, e daqueles que tinham o exclusivo poder de as pôr.
Clara Ferreira Alves manifesta-se inquieta pelo seu Presente, e teme pelo seu Futuro. Mais acrescento eu que o que está em jogo é, sobretudo, o seu PASSADO e o de todos os que se lhe assemelham, porque a Cabala, que, durante décadas, tão habilmente geriram, se está agora a desmantelar por todos os lados.
Nos “blogues”, nada mais existe do que quem diariamente fale de tudo e todos, sem defender quaisquer sistemas que não os da prevalência do Excelente sobre o Medíocre, do Livre sobre o Encomendado, e, sobretudo, quem o faça GRATUITAMENTE, ou seja, por mero Dever Cívico, por vontade de intervir, por caturrice, ou tão-só pela amistosa gratidão de poder Partilhar.
É verdade que com os “blogues”, poderá estar em jogo o fim da Palavra Comprada, e já estar a vislumbrar-se o início da Era da Palavra Livre e Particular, o Reino da Palavra Gratuita. Talvez seja isso a Comunicação Global. Em breve, também aí se fará a separação do Trigo do Joio, e passará a vencer quem melhor escrever e mais for lido, dispensando-se as tradicionais encomendas das almas.
Penso, publico, sou lido, e logo existo. Tudo o resto é vão.
Ah, e isto não é um texto para resposta, sobretudo qualquer tipo de resposta, como dizia o Vasco Pulido Valente, que metesse “na conversa a sua célebre descrição do pôr-do-sol no Cairo.
Muito obrigado.”
Enviar um comentário
<< Home