25 abril, 2006

||| Estrangeirados.
A Dia D, do Público, apresenta hoje alguns investigadores portugueses que vivem nos EUA e que Portugal devia aproveitar melhor. Há um ponto curioso e comum nas respostas deles quando se lhes pergunta o que gostariam de mudar em Portugal: o chamado défice português de auto-estima. Mas o tom das respostas não é o do Portugal Positivo, calma. Antigamente, eu tinha dúvidas sobre este desejo de o pessoal vir de fora e querer disciplinar a pátria; depois de estudar Verney, Ribeiro Sanches, D. Luiz da Cunha e essa geração estrangeirada, vejo que eles têm razão no essencial, sem dúvida, sem dúvida. E alguns deles parecem pessoas generosas e bem intencionadas. Mas alguns falam de ajudar, de cooperação, de entusiasmo, de partilhar informação, de fazer mais. É isso que faz de mim um céptico; não em relação a eles, vejam bem.

2 Comments:

Blogger EAS said...

Escrevi exactamente um post sobre o assunto...
Interessante! Tivemos a mesma visao.

5:31 da manhã  
Blogger e-ko said...

Caro Viegas,
O meu agradecimento pelo seu mail. Foi reconfortante. Comento, nesta caixa, porque conheço bem esta questão, e partilho o seu cepticismo. Embora não pertença à "classe dos investigadores portugueses", apenas professei lá pelo urbanismo e ordenamento do território, com uma forte paixão pelas artes e arquitetura, tendo vivido, mais de metade dos anos da minha vida fora de Portugal. As invejas e a mesquinhez, para não falar dos preconceitos, criam uma atmosfera asfixiante e esterilizante.
O meu filho depois de brilhantes estudos de economia, no estranjeiro, também, mesmo com o seu doutoramento, nada podia fazer aqui, só biscates. Hoje está na sede da ONU em Nova Iorque e não tem vontade de voltar.

11:21 da manhã  

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