07 abril, 2006

||| Brasil [Taming the Beast]
A história das absolvições sumárias de envolvidos no mensalão (como João Paulo Cunha, como João Magno -- ou como Gushiken, que aumentou a facturação da sua empresa em 600% e continuando no governo mesmo assim), na Câmara dos Deputados, por obra dos arranjos partidários, é a história do lulismo em toda a sua extensão. Lula conseguiu bater Collor de Mello em todo o campo; no tempo de Collor os envolvidos cairam, as testemunhas eram protegidas; no tempo de Lula, os envolvidos são protegidos («não ataquem os companheiros») e as testemunhas têm medo («Peço ao presidente Lula que não faça nada com meu filho», pediu a mãe do caseiro Nildo, ameaçado pela polícia e com a conta bancária devassada por ordem do ministro Palocci). E conseguir bater Collor de Mello não foi uma tarefa fácil.

2 Comments:

Blogger e said...

Pois, um leigo que leia este "post" pode até pensar que Portugal é um país desenvolvido, que o Brasil é que é isto e aquilo.

Parece-me que a corrupção aqui é bem pior, está entranhada. Ninguém é preso e, aqueles que são caços, arranjam umas leis que os protejam antes de serem julgados.

Corrupção por todo o lado... até na literatura.

2:22 da manhã  
Blogger F said...

A Ana Cristina Moreira tem um problema com este blog: quase nunca desmente o que escrevo, mas esforça-se bastante por acreditar que diz coisas muito diferentes. A questão neste post é a palavra «ameaça». Ela diz que não foi ameaçado -- só investigado. Se eu leio o mesmo que a ACM lê, parece-me que quebrar o sigilo bancário de Nildo, expô-lo da forma como se fez, sujeitá-lo à pressão e à coacção pública (a Nildo, não a Buratti, a Palocci, a Dirceu ou a um cidadão com dezenas de advogados) é uma ameaça. Pelo que eu vivi no Brasil, é uma ameaça.

9:56 da tarde  

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