Brinquedos ortográficos. {Actualizado}
Numa versão geral, a diverção (e «ja» sem acento).
Numa versão sintética, a diverção (e «já» com acento).
Numa versão analítica, a diversão (e o «ja» sem acento).
Ou seja, a cadeia de lojas Toy'r'us era já, no seu conjunto, a pior loja de brinquedos do país em matéria de atendimento, decoração, ambiente, poluição sonora, simpatia, etc. Agora, passa a ser também mais uma vergonha. Coisas que dão vontade de desatar ao estalo.
Comentário enviado pelo Rui: «Carriçimo Kliente,Nosso objetiv é precismente forçar os crianças a aprender por sua cabeça. Nós ofereçer um çem numero de opções descrita differentes. Cabe te a si, carríçimo kliente, ajudar as criaças a descobrir como divertido é descobrir o çerto e o errado. Aprendam por voças proprias cabeças! E tenham diverção, ja?»
A Origem das Espécies
We have no more beginnings. {George Steiner}
17 Comments:
O que dá, andarmos a "reboque" dos brasileiros, até na publicidade...eles, estão em tudo, ainda um destes dias fui atentida no 12118, por uma brasileira, pensei cá para os meus botões:"queres ver, Menina, que te enganaste no número"...mas não, era mesmo da PT, Portuguesa e estava a ser atendida por uma brasileira..e, depois o desemprego dos Portugueses cresce a olhos vistos...
Um abraço ;)
Desatar ao estalo, neste caso, é sinónimo de grande paciência.
Não há pachorra.
simplesmente inacreditável!...
Carriçimo Kliente,
Nosso objectiv é precismente forçar os crianças a aprender por sua cabeça. Nós ofereçer um çem numero de opções descrita differentes. Cabe te a si, carríçimo kliente, ajudar as criaças a descobrir como divertido é descobrir o çerto e o errado. Aprendam por voças proprias cabeças! E tenham diverção, ja?
Lamentavelmente vai-se tornando um hábito assistirmos a este género de erros ortográficos cometidos nos panfletos publicitários de marcas de empresas multinacionais. Já vi o mesmo em lojas da cadeia proprietária da Zara. Será que os tradutores são espanhóis ou (quase) analfabetos?
Que belos tempos, em que nos contentávamos com apenas um brinquedo para muitos anos (lembro-me de um comboio feito de plástico transparente, no qual se podiam ver as roldanas coloridas lá dentro, a andar quando punha o comboio a andar...).
E eu não sou assim tão velho. Tenho 28 anos.
Não havia crianças com problemas de consumismo genético, nem havia traumas infantis devido a um belo par de palmadas para aplacar birras...
Hoje as crianças têm tudo... Apenas não sabem nada.
(http://gonio.blogspot.com)
Caro FJV
Proponho, por seu intermédio (se mo permite), pois reconheço-lhe todo o mérito para tal, que se constitua um "lobby" (mais um) que obrigue os panfletos publicitários a serem previamente validados pelo Ministério da Educação.
A par com os manuais escolares...
O pior é que a "coisa" não é novidade. Já em Novembro (última vez que lá fui) as lojas estavam pejadas de cartazes com "para sua seguridade" e tinham folhetos de pasmar (a descrição completa, se se quiserem irritar mais um bocadinho, está aqui http://ai-dia.blogspot.com/2005/11/portunhol-no-toys-r-us.html)
Francisco, também recebi o folheto e cá em casa dedicámo-nos à "caça ao erro" no interior do dito. Descobrimos vários, para além de uma sintaxe miserável - aquilo vem pejado de não-frases.É de facto vergonhoso e a loja em questão é sem dúvida a pior loja de brinquedos do país, por todas as razões e mais alguma.
Boicote à Toy´r´us, esse sim: mais que justificado.
Ai menina marota, os braseleiros, filha, eles andem por aí...é um horror...em Pipa, oh filha, era só braseleiros...nem um português para atender...
No Toys r us, têm brinquedos que só funcionam se lhes enfiarmos "pilas"
Tenho que vos arranjar um autocolante amarelinho que se coloca nas caixas de correio a recusar publicidade (oferta dos CTT). Espantosamente os entregadores de folhetos têm-se revelado muito cumpridores na minha vizinhança. Interessados?
Pelo menos não é Maomé
Sem comentários...
Claro que está errado, nem se discute. Ocorre-me fazer uma pesquisa no Google que resulta em 17.200 hits para "divercao" e 6.210.000 para "diversao". Mas porque não com "ç"? Mudará algum dia?
O motivo é outro. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é a mesma coisa. Cabe não atender a nenhum comando paragramatical, nem apelar para o preconceito, seja social, seja xenófobo, mas sim recorrer à sócio-lingüística.
O "erro", ou melhor diferença em relação à norma culta esta bem explicado em "Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz", do Marcos Bagno. Também vale a pena consultar "Por quê não ensinar gramática na escola", do também lingüísta Sirio Possenti.
Abc (que, significando abraço, é algo tão "errado" quanto diverção significar diversão)
menina marota: consta que a PT tem os seus "call centers" localizados em Cabo Verde, onde os salários a pagar são mais baixos. portanto, quem a atendeu deve ter sido uma cabo-verdiana com sotaque brasileiro.
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