23 março, 2006

||| Brasil. Caça ao Nildo.
A novela do momento é a despedida de Palocci, o bem-aventurado ministro da Fazenda que, lentamente, saiu com o retrato virado do avesso depois de se publicarem informações sobre a máfia da misteriosa casa de Brasília (que continuaria a saga dos negócios de Ribeirão Preto) Mais recentemente ainda, a novela Francenildo, aliás Nildo, zelador da referida casa, que é testemunha contra o ministro; não durou: a Caixa Económica Federal violou o sigilo bancário para encaminhar informações sobre Nildo à mesa do ministro. Na edição de sábado do Estado de São Paulo, a mãe de Nildo pede a Lula «para não fazer nada» com o filho. Essa denúncia a Palocci (a de que Nildo teria 40 000 reais na conta, depositados «pelo seu pai biológico») e quebra do sigilo bancário de Nildo teria partido de Clarice Copetti, vice-presidente da área de gestão tecnológica da Caixa Federal, nomeada pelo PT. Explico: Clarice é casada com o gaúcho Cézar Alvarez, sub-secretário geral da presidência de Lula em Brasília e foi funcionária do governo petista de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul, além de assessora da prefeitura de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy. Mais ainda: em 2003 Clarice Copetti tinha já sido dada como responsável por «arrecadamento ilegal de fundos» para o PT, que teriam sido obtidos através de superfacturação em negócios do RS e de SP. Isto vai.