26 fevereiro, 2006

||| Regular, regular.
As notícias sobre a Entidade Reguladora da comunicação social (ERC) são cada vez mais preocupantes. Não se compreendem certos silêncios corporativos por parte de um grande número de jornalistas. Pessoalmente, por muito boas relações que possa ter com os membros da Entidade, acho que ela é uma ameaça à liberdade de imprensa. Só o facto de poder entrar nas redacções, como agentes da autoridade, já constitui uma violação do bom-senso.

Além do mais: mesmo aceitando que os curricula dos membros da ERC os tornam pessoas capazes de desempenhar as suas funções (o que não quer dizer nada, uma vez que essas funções podem, por si só, ser perniciosas), o público devia ser informado sobre o que essas pessoas pensam acerca de casos concretos. Deviam ser sabatinados em sessões públicas, submetidos a um rigoroso exame e a um escrutínio que também nos esclarecesse sobre o que pensam acerca de entrarem nas redacções, acerca do que fariam diante da «licenciosidade» da imprensa, etc.


Ver também as vitamédias de Pedro F. aqui. Ver este texto de Mário Bettencourt.

Recordar também o que se passou no Brasil com a entidade reguladora que o governo Lula tentou criar para disciplinar a profissão e punir os irresponsáveis e os excessos, proteger a sociedade.