03 fevereiro, 2006

||| Eu leio o Jyllands-Posten.
«Não, não vou debater o multiculturalismo. Só a natureza da nossa natureza me interessa. Mas o debate, de facto, devia ser lançado; não sobre o multiculturalismo mas sobre a tolerância. É um mundo difícil, obtuso, complicado, histérico muitas vezes. Mas é o nosso mundo e devemos defendê-lo. Não temos outro. Nascemos nele e uma das suas marcas chama-se, precisamente, "tolerância".» Crónica no JN de ontem.

4 Comments:

Blogger Carlos said...

Um exercício de lucidez, o seu texto. E lucidez é uma coisa que não abunda quando entramos nestes territórios.

7:31 da tarde  
Blogger Periférico said...

Caro FJV,

A blosfera tem destas coisas, um Post num Blog sobre este mesmo assunto despoletou-me um longo comentário que resolvi transformar em Post no meu Blog e que na minha modesta opinião penso estar no mesmo comprimento de onda que o seu texto no JN. Texto aliás que não tinha lido quando escrevi o citado comentário.

Estou completamente de acordo consigo, especialmente quando diz que: "Esta ideia de tolerar os energúmenos que , em público, queimam livros, bandeiras, jornais e efígies de cada vez que alguém brinca com o profeta, parece-me absurda. Tolerável; mas absurda. Tolerável, porque nós somos tolerantes; mas absurda porque instaura nas nossas ruas, nas nossas casas e nas nossas cabeças uma insuportável aura de medo e de covardia."

E o Ocidente não pode ser cobarde quando está em quase a Liberdade em que assenta a nossa democracia e civilização.

Um Abraço

8:10 da tarde  
Blogger António Viriato said...

Felicito-o pelo artigo. Embora já se tenha de saudar o óbvio. Mau sinal. Aqueles que nunca encontram nada no Ocidente por que valha a pena lutar têm aqui uma boa causa : a liberdade de expressão. E não colhe dizer que ela não é nenhuma vaca sagrada, porque, quem a pretende limitar, no caso vertente, está disposto a mergulhar-nos a todos nas trevas do obscurantisnmo mais retrógrado, se não encontrar pela frente quem se lhe oponha. Será assim tão extraordinário reconhecer esta banalidade de base ? O Rei há muito que anda nu ou ainda não repararam ? Será que nem em nossa casa conseguimos praticar os nossos valores, viver de acordo com eles ? Muito mal vamos, se já duvidamos em responder afirmativamente a estas simples perguntas...

11:20 da tarde  
Blogger António Luís said...

Caro FJV!
Subscrevo as suas palavras por inteiro. Excelente texto.

Cumprimentos.
A. Luís

5:49 da tarde  

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