15 janeiro, 2006

||| A uma semana.
Já lá iremos. Mas, para os que querem que isto (uma campanha longa, cheia de ressentimentos e de maus fígados) acabe, a advertência: começa na noite de dia 22. Não apenas por causa da noite cheia de facas longas que se prevê. Mas por causa das desculpas que vão aparecer. Até lá vamos ter arrebites, bravatas, cânticos sobre a maré de esquerda que aparece ao dobrar da esquina para salvar a espécie, e sobre a hecatombe prevista para «o monstro» que se encarregaram de fabricar. Ao longo de vários meses, Cavaco foi desenhado como «o monstro» a abater. Esse retrato errante de um poço de defeitos, de uma ameaça fatal, de uma tragédia iminente não assusta ninguém; os seus artífices supõem que os outros são idiotas, um bando de medricas que tem receio de votar contra os proprietários do regime. Nem a esquerda ou a direita têm proprietários e capatazes, nem o país donos para venerar. Escusam de levantar o dedinho autoritário e de fazer ameaças, previsões de catástrofes e de tragédias.

Noutro registo, ver este post no HardBlog (via Miss Pearls). Ler o post do João Gonçalves.