14 janeiro, 2006

||| Telefone, ainda.
Eu, que detesto falar ao telefone, surpreendo-me bastante com o uso que se dá ao aparelho. Se uns telefonemas são mantidos secretos a todo o custo, já outros foram feitos (como diria a imprensa, «alegadamente realizados») e depois tornada pública a sua existência para que façamos outra leitura da história recente. Os telefonemas do presidente Sampaio nestão na ordem do dia. Por exemplo estes:

«Jorge Sampaio revela que sugeriu a Durão Barroso "que fosse outra pessoa", em vez de Santana Lopes, a substituí-lo na chefia do Governo e chegou mesmo "a fazer telefonemas para várias personalidades e militantes do PSD tentando encontrar uma alternativa".»
Ou seja, se o presidente tinha sérias dúvidas quanto ao perfil de Santana Lopes e receio pela «eventual utilização da política orçamental ao serviço de eleitoralismos fáceis», está mais uma vez provado que o presidente não devia ter aceite a solução Santana Lopes.

Adenda: sim, eu sei, o presidente tentou, eu sei -- e havia apoio parlamentar, eu sei; mas uns meses depois também havia.

2 Comments:

Blogger Carlos Araújo Alves said...

Mas também havia uma Constituição cujo rigoroso cumprimento é a primeira obrigação de um PR e, mais tarde, um orçamento perfeitamente inventado que nem os apoiantes ousaram defender.

6:08 da tarde  
Blogger Francisco del Mundo said...

Carissimo, eu tb odeio falar ao telefone...:) E mais nada se diga...
Abraço

2:22 da manhã  

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