22 janeiro, 2006

||| Segunda-feira, 12.
Não vale a pena elogiar o passado de Mário Soares, como estão a fazer uns cavalheiros instrumentais nas rádios. Esse passado ninguém lho pode subtrair à biografia, ao contrário do que fariam os estalinistas novos e antigos (e estas eleições mostraram que alguns se refugiaram no PS). É bom que Soares, seriamente derrotado (pessoal e politicamente) agora que o país regressa à normalidade, regresse também à normalidade. Com o tempo esqueceremos isto. O soarismo acabou, ferido, envilecido e desnecessariamente crispado. E Mário Soares regressa ao pedestal da história. Onde fica razoavelmente.