09 dezembro, 2005

||| Manuais escolares: há um problema de liberdade?
Segundo o Público, tanto a APEL como a União de Editores se opõem «à criação de comissões para avaliar e certificar os manuais escolares antes destes serem lançados». É matéria para debate. Haver certificação dos manuais parece-me bem, por princípio. O Ministério quer criar comissões para avaliar os manuais; os editores propõem que sejam os professores de cada escola a escolher, com inteira liberdade -- e que, caso haja avaliação prévia, ela deve ser feita pelas universidades e «escolas superiores de Educação», ou seja, de onde vem quase todo o eduquês. Mas -- um gigantesco mas -- há uma afirmação interessante de Vasco Teixeira, o homem da APEL e da Porto Editora, que acusa «uma ala mais à esquerda do PS» de querer «tomar o controle ideológico na área da edição». Uma coisa, no entanto, é certa: é necessária uma avaliação dos manuais escolares e algum processo de certificação. Não sei até que ponto. Quando os editores dizem que o Ministério da Educação pode mandar retirar os manuais que contenham erros e babaridades, convém saber se o processo é assim tão fácil.
Matéria quente, matéria quente. Não se distraiam nem se iludam.

1 Comments:

Blogger Luís Bonifácio said...

Os manuais, sobretudo os de história já estão há muito tempo sob controlo ideológico.
Gostaria de saber no entanto, porque é que a Porto-Editora e outras editoras, elabora vários manuais diferentes para a mesma disciplina e para o mesmo ano lectivo.

2:27 da manhã  

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