26 dezembro, 2005

||| Balanço, 6.
Matéria de romance. Íamos os dois de comboio à quinta-feira para Madrid, de vez em quando. Mais tarde ele seria ministro (e bom), mas na altura bebíamos vodkas nos bares mais escuros de Espanha. Na sexta-feira, até ao crepúsculo, percorríamos as livrarias e jantávamos tarde, contabilizando bibliografias, rindo da universidade. Quando vinha a conta percebíamos que era necessário mudar de hotel, mudar de profissão ou mudar a tese. Mudámos. Já nessa altura éramos darwinianos.