07 novembro, 2005

||| Boas ideias.
Entrevista de Mariano Gago (RR, ontem; na 2: hoje; no Público hoje). Sobre as praxes académicas, o ministro diz o essencial: que as universidades não devem ser lugares onde a lei não se aplica. Aliás: o ministro fala de um novo caso de uma estudante de Bragança -- e não entra em mais detalhes. Mas devia denunciar. As praxes académicas são a pequena babaridade das universidades do fascismo.
Outro ponto a favor de Mariano Gago: o seu ministério vai «solicitar à OCDE a avaliação do ensino superior português». E depois: «O país tem de saber quais são as melhores e piores instituições.» Mas esse parágrafo termina enigmaticamente: «O objectivo final é que o estudante saiba que o seu ensino superior é reconhecido internacionalmente.» E se o relatório da OCDE for, imaginemos, muito negativo? Esconde-se o relatório, como se faz de vez em quando?

3 Comments:

Blogger António João Ferrão said...

http://ajferrao.blogspot.com/

Meu caro. Permita-me discordar do que escreve. Eu acho que a praxe académica bem aplicada com o sentido do academismo é das melhores coisas que pode acontecer a um estudante universitário. Pelo menos para mim nos meus tempos, na faculdade de ciências de Lisboa, onde não havia nenhuma tradição, assim foi. E em jeito de rematar a questão, preferia mil e uma vez ser novamente praxado e beber de seguida umas imperiais no que me dar com aquela “escumalha” anti – praxe que de jambé e jambé, charro em charro, lá vai prevaricando contra todas as leis desta nação sem que nenhum ministro venha disso dar conta às televisões.
Sem mais de momento,

António Ferrão.

11:12 da manhã  
Blogger Nuno said...

Se der uma granada a todos os portugueses e o seu uso for livre não creio que todos a irão usar, isso não obriga a que todos sejam assassinos, agora que o crime aumentava lá isso aumentava! Por isso mesmo é completamente proibido o uso de armas neste país, excepto os supostos doutores e engenheiros que têm uma pequenas armas oferecidas pelo nosso sistema de ensino passivo e pela sociedade em geral que acha piada a uns momentos de poder e fama, que por acaso até violam os mais elementares direitos humanos. Claro que muitos se divertem, eu também me diverti muitas vezes mas também vi muitas pessoas a chorar à beira de uma depressão, logo o argumento da nossa experiência pessoal não serve porque a amostra é insignificante. A maior parte das pessoas praxa por vingança da sua experiência e abusa da "brincadeira" para conseguir o que não consegue como adulto.
Quanto mais me distâncio dos ambientes académicos mais impressão me faz esta prática corrente animalesca e como diz o texto fascista

6:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Concordo em absoluto com a crítica às praxes académicas. Muitas são boçais, pimbas (veja-se quem contratam para as festas) e promovem o uso arbitrário da violência mesmo que só verbal. Mais absurdo ainda são as ditas praxes em Universidades ou Politécnicos onde nem há história nem tradição pelo que são, apenas, cópias rascas do que se passa em Coimbra. Aqui, em Leiria, são ridículas e degradantes de quem as promove!

9:18 da tarde  

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