17 novembro, 2005

||| Autobiografia.









Na universidade discutia-se muito o «espaço autobiográfico»; no «jornalismo cultural» a discussão alastrava também. E na crítica literária, na «análise textual», na vida inteira. Ah, este personagem do livro és tu? «Viveu mesmo esta cena do seu livro?» «Há aqui uma marca autobiográfica, não?» Não. A vida nunca está em nada disso. E, se está, não é aquela. O que se escreve num blog não substitui nada. Não interpretem mal. Não interpretem nada.

2 Comments:

Blogger Pedro said...

Finalmente! Quando me perguntarem se o que escrevo no blogue sou (é) "eu", se me exponho nele ou se a minha vida se espelha naquele conjunto de frases(qual positivismo isomórfico), já tenho como responder!

3:25 da tarde  
Blogger Vítor Leal Barros said...

nunca se é totalmente isento e o que se escreve não cai do nada...na mais favorável das hipóteses o corpo escrito deveria ganhar vida própria, se possível mais interessante do que vida dos autores...

bom conselho, não interpretem nada

7:50 da tarde  

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