18 novembro, 2005

||| Afinal, havia alguma coisa. Brasil.
Nas últimas semanas, colunistas da situação, deputados e senadores, o Planalto e o Torto, tentaram evitar um relatório como este. Mas ficou escrito: «Houve distribuição de recursos ilegais a parlamentares.» Quer dizer: afinal, havia mensalão.

Na edição desta terça-feira, a Folha de São Paulo publicava um artigo de Roberto Mangabeira Unger intitulado «Pôr fim ao governo Lula» (disponível apenas para assinantes da Folha -- está online aqui). Está lá escrito porque se devem preservar os valores republicanos.

1 Comments:

Blogger Rogério B. Alves said...

Sobre a compra periódica de votos no Congresso Nacional, infelizmente podemos afirmar que é uma prática antiga e reiterada. Temos um histórico de cooptação ilegal do legislativo (e do judiciário) pelo executivo. Oficialmente, faz-se acordos na divisão de esferas de poder através de cargos e, extra-oficialmente, faz-se com o repasse de recursos geridos por estes cargos aos destinatários. Toda a dinâmica é gerida pelos caciques dos partidos. No entanto, em momentos-chave, quebra-se a hierarquia e não compra-se um partido todo, através de seu cacique, mas compra-se voto a varejo. No governo Fernando Henrique, a compra de votos para aprovar a emenda constitucional que possibilitou sua reeleição é um exemplo disso, mas não o único. O erro do PT não foi utilizar a compra de votos, foi abusar da compra de votos a varejo. Deixando de tratar com os caciques, que administravam internamente quem recebia quanto, e indo negociar individualmente, houve a quebra de ‘hierarquia partidária’, no pior sentido do termo. Se por um lado essa desmedida de José Dirceu não pode passar impune, por outro os mecanismos de cooptação não podem ser alterados. Por isso, Dirceu provavelmente será cassado. Por isso, não teremos reforma política (eleitoral). Mutatis mutandis, isso vale para discussão sobre caixa 2, que existe e continuará existindo, só não podendo ser utilizado para compras a varejo. Essa é a minha OPINIÃO, sobre o tema.

1:58 da tarde  

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