||| Vaidade, pura vaidade.
Eu sei que há limites mas ler coisas como «Nostalgie désabusée, atmosphère mystérieuse et angoissante, érotisme subtil : avec Francisco José Viegas, le roman policier portugais a trouvé son Vázquez Montalbán et révélé deux flics atypiques, les inspecteurs Ramos et Castanheira, dont on n'a pas fini de parler» e que o livro está «construit avec la précision rigoureuse des meilleurs orfèvres du genre» destrói a segunda-feira de qualquer um. Além do mais, o Le Monde diz que «la rencontre était prévisible, inévitable sans doute, même si elle a mis un certain temps à se produire, celle de la saudade portugaise et du roman policier» e que se trata de «une métaphore convaincante de la destinée humaine». Esgotou-se-me a provisão de chá.
{Les Deux Eaux de la Mer, edição Albin Michel} Extracto aqui.
Na mesma semana, saiu Schatten der Tiefe (Lübbe), tradução de Um Crime na Exposição, e a segunda-feira recomeça sem que eu tenha conseguido traduzir as críticas do Die Welt e do Berliner Morgenpost, se bem que o Frankfurter Neue Press tenha dito que «Das Portugal Viegas’ ist sanft melancholisch wie der Fado in Portos Kneipen», o que é um risco. Na temporada, o livro entrou nos die besten Bücher der Saison, do Bücher-Magazin.
{Schatten der Tiefe; Der Letzte Fado (tradução de Um Céu Demasiado Azul); Das grüne Meer der Finsternis (tradução de As Duas Águas do Mar).}
A Origem das Espécies
We have no more beginnings. {George Steiner}
14 Comments:
Caro homónimo, apesar de termos feito pausa nos mails, não perco um dia a visitar um dos meus blogues de estimação... Muitos parabéns pelas elogiosas palavras, na lingua de Dumas e Victor Hugo... Ia ler o Morte no Estadio, pois teve em espera muito tempo, mas agora estou na dúvida!:) Quanto à vaidade, lembre-se do maravilhoso Al Pacino no Advogado do Diabo: "Vanity!Definitely my favourite sin..."
Abraço
Francisco
Ah, e ainda não tinha visto os elogios na lingua de Nietsche... Sehr gut, mein freund, sehr gut...
Abraço
fundamentada
Muitos parabéns.
"Francisco José Viegas, enquête mélancolique"... Tenho aqui o recorte! "Cette météorologie tourmentée devient chez Viegas une métaphore convaincainte de la destinée humaine".
Vaidoso!
Tenho acompanhado as suas caminhadas. Quase tudo o que escreve e faz desperta a minha curiosidade. Muitos parabéns.
Narciso. ;)
Desde que realista, a vaidade é perfeitamente legítima. É, aliás, o caso.
Diga antes que uma segunda-feira dessas constrói a semana ou até um mês inteiro!...
Que falha a minha que ainda não o li, a não ser nas suas crónicas semanais do JN e agora aqui no Blogue!... Juro-lhe que o próximo livro ler será este e, depois...
Entretanto, tenho de obedecer ao meu príncipio de não deixar nenhum livro inacabado, sob pena de instaurar a mim própria um Auto dos Danados.
Rafaela Plácido
A falsa modéstia é que é irritante. Parabéns.
Não gosto de falsas modéstias e além disso acho que é mais que merecido. "As Duas Águas do Mar" continua a ser para mim um dos seus melhores livros. Muitos parabéns!!!
Um abraço
Há quem mereca ler coisas dessas...é o seu caso, sem dúvida. E ainda por cima nessa língua tão, tão, tão etereamente redonda que é o francês :) Parabéns
LM
Fico mesmo feliz por ver um amigo-um militante de afectos- e um escritor que leio sempre com prazer redobrado ,ser reconhecido «lá fora»,sem ter poderosas máquinas promocionais, mas sim apenas pela qualidade da sua escrita melancólica( nem sempre) e envolvente.
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