18 outubro, 2005

||| O referendo sobre as armas, no Brasil.
Sim ou não à proibição de venda de armas no Brasil? O referendo vai ser no dia 23. Apenas 5 ou 6 por cento das armas que circulam no Brasil são adquiridas legalmente, segundo cálculos da imprensa. As campanhas, pelo que vi nas televisões e li nos jornais, são geralmente despropositadas e acho que tanto o sim como o não podem ganhar. Não porque as pessoas queiram andar na rua, de revólver pendurado na bermuda, mas porque algum do sim é particularmente nenhenhém, todos pela paz, que lindo, esperando que os bandidos passem a comprar as suas armas nas Lojas Insinuante ou Bahia.
A propósito de umas declarações de Raimundo Fagner («Onde tem muito artista falando, já se sabe que não é coisa boa»; «É tudo um bando de Maria-vai-com-as-outras. Ficaram gritando ‘Lula-lá!’, ‘Lula-lá!’ e, depois que o Lula fez essa cagada toda, não aparece quase ninguém para comentar.»), Tutty Vasques assina, no No Mínimo, uma crónica com que dói concordar. É este o link.

Ler também o artigo de Alberto Dines no Observatório da Imprensa.

Para entender o referendo do dia 23, ler o dossier da Folha de São Paulo. O jornal O Globo também tem um especial sobre o assunto.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

em Portugal armas compradas para o reality show da 1ª companhia, foram apreendidas. Pois mesmo nao sendo capazes de fogo real, eram ilegais e de contrabando, apesar de compradas em armeiro legal.

creio que por cá armas ilegais também sao muitas

12:16 da tarde  
Blogger noasfalto said...

A venda de armas devia ser permitida no mundo todo, após extinção das fábricas de armamento e munições.

Aguentarão o lobbie dos "armeiros"?

12:24 da tarde  
Blogger Periférico said...

Estas declarações de Raimundo Fagner são simplesmente brilhantes, percebo que doa concordar mas as vezes é mesmo isso que acontece.

Um abraço

4:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

é pena a forma leviana, superficial e equivocada para tratar de assunto tão sério. infelizmente, acho que ganha o "não". infelizmente, a campanha do sim é péssima, isso é fato.
agora, segundo QUAL imprensa são 5 ou 6% as armas compradas legalmente? como saber se as armas com a numeração raspada são ou não fruto de roubo? e essa imprensa subiu os morros do Rio e contou as armas, é? essa imprensa nunca ouviu falar que os comerciantes de armas sonegam imposto e vendem armas fabricadas aqui de forma ilegal? é interessante (ou no mínimo suspeito) que o nosso país, com um dos maiores índices de criminalidade do mundo, segundo a mesma imprensa, exporte 70% das armas fabricadas aqui. Mais interessante ainda, o deputado lider da campanha do não, o Fleury, é aquele que era secretário de segurança pública de São Paulo e ordenou o massacre do Carandiru. Foi governador eleito depois disso.

1:03 da manhã  

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