30 outubro, 2005

||| Daqui a nada.
Acordei cedo e enfrentei as estantes. Tive saudades daqueles títulos, A Letra e o Leitor ou Ao Contrário de Penélope, de Jacinto do Prado Coelho, Poesia e Sociedade, de Georges Mounin, A Estrutura de Os Lusíadas, de Jorge de Sena, e aqueles títulos clássicos de crítica literária, de Mário de Sacramento, Moniz Barreto, António José Saraiva, Adolfo Casais Monteiro, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Perspectiva Histórica da Ficção Portuguesa, de Gaspar Simões, Qu'est-ce que la Littérature, de Sartre, até as teorias da literatura, de Du Bos, Croce, Welleck, Aguiar e Silva, Frye, Jauss, Varga. Continuei assim por meia-hora. Avancei no tempo, lembrei-me de coisas que se tornavam absurdas evocadas junto com a memória da altura em que foram lidas: Paul de Man, Feyerabend, Jonhattan Culler, Todorov, Roman Jakobson, Fowler, Blanchot, Genette, Lyotard, até Barthes e Terry Eagleton (o marxismo instrumental), Iser e Ingarden, os estudos de linguística que tinham sobrado, Benveniste e Schmidt, Riffaterre, Hjelmslev, Van Dijk e Petöfi, Chomsky, Ducrot, Dubois, Austin e Halliday. Muita poeira. Tinha subitamente envelhecido no meio de livros. Terminei e escolhi Camilo e a Revolução Camiliana, de Abel Baptista. Começou a chover e já não fui passear à praia.

1 Comments:

Blogger Sérgio Aires said...

Há dias assim. E podem ser deliciosos.

1:58 da manhã  

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