||| Seca.
Há a seca nos campos, a fotografia da desolação. E a seca nas cidades. Não se fala muito dela, mas acho que é muito mais perigosa. Lisboa está cheia de pó, poeira suja, lixo que apodreceu nos becos, cheiros, luz demasiado branca -- e necessidade de chuva. Uma chuva que limpe, lave, arrefeça as ruas, leve consigo o lixo acumulado nos passeios. Há aí um problema: mal a chuva apareça (e eu queria pelo menos quinze dias de chuva), Lisboa vai contabilizar inundações e desgraças; basta ver como estão entupidas as sarjetas e obstruídas as ruas. As cidades nunca mais aprendem. Tudo isto vai acontecer em plena campanha eleitoral.
A Origem das Espécies
We have no more beginnings. {George Steiner}
2 Comments:
Ontem no início da madrugada percorri o trajecto Barreiro - Lisboa e nunca me saiu do nariz o cheiro a podre. Arrepiante. Hoje Lisboa parece ter recuperado o seu odor natural a dióxidos e monóxidos. Haja vento!
E quanto a nos, aqui do outro lado do oceano, necessitamos de uma semana com sol.
Por roupas no varal.
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