||| Esquecia-me de dizer.
Que nunca julguei possível alguém inteligente escrever um artigo tão pouco inteligente como o de Fernando Rosas no Público de hoje.
A Origem das Espécies
We have no more beginnings. {George Steiner}
07 setembro, 2005
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22 Comments:
Este poste nao é lá muito inteligente, mas já esperava.
Não me surpreende de tudo... A qualidade dúbida com que Fernando Rosas tem pautado o seu comportamento, dotando-o ou de traços de esquizofrenia ou de clara e sincera actividade de polimento nos sapatos "soarísticos", era um bom sinal da bipolaridade ou esquizofrenia política de Fernando. O mesmo que anunciou a candidatura à Presidência da República do seu camarada bloquista Louçã! O mesmo que esteve bem presente, para o abraço partidário, no anúncio de candidatura de Mário Soares. O mesmo! E quando questionado sobre o facto (sabendo nós que o seu vínculo à "casa" Soares é longo, velho e académico...), ele sempre vai dizendo «São Rosas, senhores, são Rosas...»
Não percebo qual a relação entre a posição de Rosas perante a família Soares e o seu artigo sobre o desastre de New Orleans...
Sempre admirei a prosa de FJV, a sua inteligência, poder de argumentação e acutilância e por isso espanta-me este seu post.
Importava-se de explicar porque é o artigo de Rosas tão pouco inteligente?
Só para que conste não nutro qualquer simpatia [ou antipatia] nem sinto grandes afinidades com Rosas, mas acho que merece um pouco mais do que uma frase destas. Se não quer rebater os argumentos ou afirmações de Rosas, mais valia não nada.
Acho que o problema não está na inteligência. Um intelectual, com responsabilidades, cai de vez em quando num texto destes, pouco, muito pouco inteligente, quando o devia contrariar do ponto de vista político. E só isso.
mas se quem escreveu foi o Rosas...
Aqui está a melhr piada que ouvi nos últimos tempos:
"Importava-se de explicar porque é o artigo de Rosas tão pouco inteligente?"
Mas é preciso explicar alguma coisa? FR brinda-nos constantemente com os seus raciocínios que violam a lógica elementar e estão em contradição com os factos mais evidentes. Talvez fazer isso e as pessoas ainda o lerem é sinal de inteligência...
Esqueceu-se?! Não se preocupe mais: está perdoado.
o texto do Rosas é primário e altamente confuso. tal como JFV, o que muito me surpreende. em relação ao Rosas, já não.
O FR não li. O FJV conheço de muitos e muitos primarismos. Venha o diabo e escolha. O que é sempre secundaríssimo é a concorrência no mercado do bricolage com as sobras da desgraça.
Desculpe, caro João, o meu primarismo. E os outros leitores também, evidentemente. O meu primarismo pode ser curto, em duas linhas -- o que será injusto para a quantidade de linhas escritas por F. R.--, mas diz o essencial: custa-me a entender que uma pessoa inteligente escreva coisas primárias como aquelas, cheias de lugares comuns e repetindo até à exaustão as banalidades de qualquer orador em comício de fim de campanha. Se com o meu primarismo eu posso lidar (chamo-lhe primarismo para contentar o Anonymous...), e mitigá-lo, aquele tipo de argumentação já me é estranho, ainda por cima misturado com a má-fé e o riso escarninho. Hoje, no Público, Pacheco Pereira responde a esse tom que invadiu os «comentadores oficiais» do Katrina. No JN escrevi isto: «Grandes e pequenos comentadores, dirigentes políticos e jornalistas avulsos descobriram recentemente duas coisas: que a culpa do furacão Katrina é do "sr. Bush" e que na América próspera existe pobreza em graus dramáticos. A primeira das conclusões não tem nenhuma má-fé associada, como se sabe – depende apenas da indigência mental e do carácter obtuso dos intervenientes; a segunda é resultado de má-fé, sim – a miséria, o desemprego, a pobreza nunca foram escondidos da América. Inveja, má-formação, cretinice foram servidos em doses substanciais. Ninguém resiste a uma boa cerimónia fúnebre nos EUA.»
Apenas 3 apontamentos ao comentário de FJV:
1.º Dizer que a culpa do furação Katrina é de George Bush só pode ser, de facto, resultado de má-fé. Diferente é dizer que a reacção das autoridades não foi a mais correcta e adequada,e é algo que muitos norte-americanos afirmam neste momento.
2.º Quando diz que a pobreza e a miséria nunca foram escondidas, tem também razão. Essa miséria é revelada em séries televisivas, filmes, livros, etc.. Diferente é constatar que nunca foi mostrada com o destaque com que é agora, em grande parte devido à comunicação social cretina e mal-formada que temos, e que é alimentada por um público igualmente cretino e mal-formado.
3.º Afirmar que «ninguém resiste a uma boa cerimónia fúnebre nos EUA» só não merece um riso escarninho porque não é certamente resultado de má-fé. Tal barbaridade só pode resultar do carácter obtuso de quem o diz, o que também se verifica em pessoas inteligentes e sensíveis, como é o seu caso.
É isso, C.A.,os "INTELECTUAIS" no afã de serem pensadores superiores tem lapsos hilariantes como este.Bem visto.
Caro FJV: presumo que o caro João seja eu. Agradeço-lhe, sem ponta de ironia ou sarcasmo, a sua resposta. Estou esclarecido. E tem razão [agora vou eu eu ser primário...]: muito disparate se tem produzido a propósito do furacão Katrina.
Caro Mário: "Talvez fazer isso e as pessoas ainda o lerem é sinal de inteligência...". Deduzo que não lê os artigos de FR. So não entendo como, não o lendo, saiba que "os seus raciocínios violam a lógica elementar e estão em contradição com os factos mais evidentes".
Em contrapartida,adorei o artigo do Luís Fernandes(povo que levas com o rio) no Público de hoje,(ontem).
Estranho, estranho mesmo, é que alguém que tenha lido meia dúzia de livros perca tempo com rosas
Caro Carlos Azevedo: homem, vc sabe o que é a ironia? Se tivesse lido todo o meu texto do JN saberia que, quando escrevi que «não tem nenhuma má-fé associada, como se sabe», era exactamente o contrário que eu disse. Deixe-me insistir: disse tudo ao contrário do que V. diz que eu disse, no seu comentário.
Caríssimo FJV: eu percebi a ironia, homem; você é que não percebeu o que eu escrevi. Relativamente ao que escrevi no meu comentário, em 1' e 2', não lhe atribuo aquelas afirmações. Você ironiza o facto de existirem pessoas que atribuem a culpa pelo furacão a Bush e que só agora "descobrem" que existe miséria nos EUA. Eu concordo consigo, porque afirmações dessas são ridículas: Bush, que eu saiba, não provoca furacões e a pobreza e a miséria que existem nos EUA sempre estiveram à vista de quem quis ver. Apenas tento demonstrar que existem pessoas que afirmam coisas completamente diferentes, de que dou exemplos, mas que são distorcidas para que pareçam comentários de, como se diz agora, anti-americanos primários. Eu, por exemplo, não acho que a culpa pelo furacão seja de Bush, mas acho que a reacção das autoridades não foi adequada. Quanto ao que escrevo em 3', a ironia era minha, e receio que não tenha percebido. Eu não acredito que você pense que «ninguém resiste a um funeral nos EUA»; é certamente uma ironia e uma hipérbole, uma vez que exagera um facto para criar um certo impacto. Limitei-me a ironizar com a situação. Sabe, a ironia não é um privilégio de literatos.
Dito isto, acrescentei que você é uma pessoa inteligente e sensível porque, apesar de raramente concordar consigo em matérias políticas, os seus livros (e não só) não me deixam dúvidas quanto a isso. Bem vistas as coisas, você é um homem do Douro (não confunda, homem: é um elogio).
Ah!, já me esquecia. Eu li o seu artigo no JN, e sei que, quando afirmou «não tem nenhuma má-fé associada, como se sabe», pretendia dizer exactamente o oposto; é isso a ironia. Ora, eu percebi a ironia, mas não concordei com ela. Evidentemente, existem pessoas que se aproveitam destas situações para atacar Bush, a América e o "american way of life", e sei também que o fazem distorcendo a realidade. Mas existem também pessoas que fazem o oposto: distorcem os argumentos de quem com boa-fé aponta erros na actuação das autoridades norte-americanas e salienta as desigualdades sociais e raciais com o objectivo de os denominar anti-americanos primários. Exercício igualmente triste e redutor.
E, mais uma vez, repito: sei o que é uma ironia e percebi a sua. Apenas não concordei.
Ao contrári odo que pensa o vulgo, na esquerda também há muita coisa pouco inteligente. Lembrem-se da democracia norte-coreana do Bernardino Soares, esse estalinista recalcado.
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Remetendo para o 1º comentário acima, que passo a citar:"Anônimo disse...Este poste nao é lá muito inteligente, mas já esperava"...
Porque razão é que as pessoas que querem criticar têm de o fazer por anonimato? ó Anónimo, porque é que não te revelas? Não tens coragem para dar a acara? Explica porque é que o post é pouco inteligente? Tens medo? Vivemos numa democracia pá, não te preocupes.
mas tem um lindo cachimbo e uma jovem mulher, o resto São cravinas.
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